A nova decisão do STF acerca da Lei da Ficha Limpa nada mais é do que uma "limpeza pública", pois com essa decisão, ficam proibidos de se eleger por oito anos os políticos condenados pela Justiça em decisões colegiadas, cassados pela Justiça Eleitoral ou que renunciaram a cargo eletivo para evitar processo de cassação.
Essa lei é uma espécie de "filtro" onde os candidatos ficam restritos a se candidatar pelo prazo de oito anos por causa de uma vida pregressa vergonhosa.
É mais uma conquista da democracia brasileira, mostrando assim a transparência que todo cidadão tem por direito, pois todo cidadão tem o dever de saber o que ameaça sua casa e seus filhos. Devemos tratar os "políticos mal-feitores" como uma ameaça a nação, sendo eles os regressores da evolução da sociedade.
Com a lei, aumentará também a responsabilidade dos partidos para com seus candidatos com vida mal afamada, onde constem irresponsabilidade e enriquecimento ilícito. Pois quando um político com um ordenado modesto apresenta um rico patrimônio, o povo desconfia. E desconfia com razão.
Devemos aprender com o passado, levando em consideração tudo o que o candidato já fez pelo povo, nunca devemos esquecer a história. Não é novidade para ninguém que um dos grandes males do Brasil é a corrupção política. Falcatruas, desvios, superfaturamentos, caixas dois, sonegação, são práticas que acompanhamos todos os dias, infelizmente.
O que a sociedade exige hoje é um passo adiante no combate à corrupção e à sonegação. A lei da Ficha Limpa obriga uma transparência na vida pública desbloqueando a impunidade dos políticos corruptos e dos sonegadores.
"Uma sociedade indiferente e sem vontade de aprender com o passado, está condenada."
Vinícios Carvalho, Acadêmico de Direito.