Consumidor usa 13º salário para pagar dívidas, e calote começa 2012 em queda

Consumidor usa 13º salário para pagar dívidas, e calote começa 2012 em queda

Com o pagamento do 13º salário em dezembro, o brasileiro priorizou o pagamento das dívidas no início do ano, o que fez o calote do consumidor diminuir em janeiro, informou a Serasa Experian nesta quinta-feira (9). Na passagem de dezembro para o primeiro mês do ano, a queda foi e 0,4%.
A inadimplência com cheques ficou 8,1% menor na passagem de dezembro para janeiro, comportamento que puxou para baixo os calotes no mês. A falta de pagamento de dívidas com os bancos caiu 2,3% nessa comparação e também ajudou no recuo do indicador.
O consumidor mais endividado prioriza quitar as despesas desde o terceiro trimestre de 2011, de acordo com os economistas da Serasa Experian, o que pode ser comprovado pelas quedas mensais no indicador de calote nos últimos quatro meses de 2011 - com exceção de novembro (alta de 1,9%).
Além do salário extra no fim do ano, a redução dos juros e da inflação ajudou a dar um fôlego no orçamento familiar, explica a Serasa.

Se, por um lado, as dívidas com cheque e com bancos recuaram, por outro, o número de dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral, telefonia, luz e água) e o de protestos aumentaram em janeiro. As altas foram de 3,5% e de 16,9%, respectivamente, na comparação com dezembro.
Valor das dívidas

Apesar da queda do calote, o tamanho da dívida do brasileiro cresceu em todas as modalidades no primeiro mês do ano. Na comparação com o mesmo mês de 2011, a maior alta foi registrada nos débitos não bancários, categoria em que a dívida saltou de R$ 396,77 para R$ 657,92 - uma alta de 65,8%.

Na segunda posição ficaram os "cheques voadores", cujo valor aumentou de R$ 1.245,34 para R$ 1.411,55 - alta de 13,3%. No caso de títulos protestados, o valor cresceu de R$ 1.170,09 para R$ 1.219,81 no primeiro mês de 2012, o que representa uma elevação de 4,2%.

Por fim, as temidas dívidas com os bancos, que costumam ter juros exorbitantes (casos do cheque especial e do cartão de crédito), subiram levemente, de R$ 1.281,12 para R$ 1.282,16, segundo a Serasa Experian.

Fonte: R7